31 de jul. de 2011

16 ERROS COMUNS EM RELAÇÃO AO LOLITA

          Olá, bom, vi um post parecido com esse no f* yeah lolita mas eu acrescentei um pouco mais de coisas e a cada tópico fui colocando minhas observações. Espero que gostem.



1-Lolita Moda É Igual Ao Livro De Vladimir Nabokov
          Na verdade esse engano é MUITO comum de acontecer, assim que alguém ouve o fato de você estar vestida de lolita ou ser adepta a loli, as pessoas automaticamente te ligam ao livro achando que você está vestida dessa forma para conquistar homens mais velhos ou algo do tipo. O livro e a moda não tem absolutamente nada haver um com o outro, uma vez que não compartilham nem mesmo um fundamento sequer. O livro é um romance que acaba passando por várias vertentes diferentes e a moda vem com a intenção de que a garota de certa forma se sinta como uma princesa, lembrando as bonecas de porcelana típicas da era Victoriana.


2- Lolita É Cosplay
          Outro engano mais que comum são otakus pensando que lolita é cosplay quando na verdade não é. Cosplay é quando você se veste de alguma personagem que já exista seja ele qual for, anime, mangá, comics, desenho animado ou jogo. Lolita é uma moda como muitos outros, citando o punk, o reggae, os emos, mas nesses casos, diferente do lolita, eles são tribos com músicas e estilos de vida próprios, o lolita é apenas uma forma de se vestir sem ter necessariamente estilo musical ou algo do tipo.


3- Lolita É Da Aristocracia
          Só por ser lolita, não quer dizer que a garota pertença a aristocracia, mas dessa vez estou me referindo a famílias mais afortunadas ou até as que ainda hoje possuem algum título referente à nobreza de qualquer país que seja. Lolitas são apenas garotas que gostam de se vestir de forma diferente e se sentem felizes em se olhar no espelho se sentindo como princesas.


4- Lolita Tem Que Ser A Rainha Da Etiqueta Todo O Tempo
          Um erro comum não só entre leigos mas também entre as lolitas é achar que ser lolita é se obrigar a ser a rainha da etiqueta o tempo todo, e sempre ser uma daminha da pura educação, o que não tem absolutamente nada haver, já que, reforçando, o loli nada mais é que uma moda e isso não as obriga a ter educação todo o tempo, as únicas que muitas vezes se adaptam a essas mudanças são as lolitas adeptas ao lolita lifestyle, mas isso é assunto pra um próximo post.


5- Lolita É Japonês E Apenas Japonesas Podem Usar
          Inúmeras pessoas julgam que só por lolita ser uma moda japonesa, apenas japonesas podem usar, isso é um engano, pois seguindo essa linha de raciocinio, o punk não poderia ter saído da Inglaterra, o gótico da França, o underground dos EUA e os biquínis minúsculos entrando na bunda, do Brasil... Sabemos que não é assim, então não tem motivo pra pensar dessa maneira. Claro que na maioria dos casos as japonesas são as que melhor coordenam mas não é motivo pra achar que elas tem exclusividade, ainda mais no mundo atual onde as noticias e novidades correm muito rápido.


6- Meninas De Lolita, Só Se Vestem Assim Poque Não Se Acham Bonitas De Outra Forma
          Isso é um erro, as garotas que se vestem de lolita, o fazem por gostar dos adornos a mais típicos do loli e não por se sentirem feias e precisarem de um monte de parafernália pra se acharem minimamente bonitas. Claro que tanto no loli quanto em outros estilos o que impera é o bom senso, se a menina não tem em outros estilos, dificilmente terá no lolita.

7- Lolitas Tentam Reviver Sua Infância Por Trauma Ou Fetiche
          Bom, ser uma lolita não é querer reviver a infância, é se sentir bem consigo, embora varias vezes usam coisas que lembrem a infância, mas não tem como objetivo agir como nessa época longínqua e sim buscar as boas sensações, como a alegria de coisas simples ou de estar usando uma saia rodada, pra leitoras, lembrem do seu passado e respondam se não tinham uma enorme alegria em colocar aquele vestido super rodado e ficar girando com ele? É essa mesma alegria que as lolitas sentem e em relação ao fetiche, convenhamos, hoje em dia é quase impossível um cara ter pensamentos totalmente pervertidos com uma garota que cubra bem o corpo e que esteja usando no minimo 3 camadas de roupa...


8- Lolitas Só Querem Chamar Atenção
          Não. Lolitas só gostam de se vestir dessa forma pra se sentirem bem, nem tudo o que uma pessoa faz na vida é refletindo um passado sombrio ou traumatizante... Um ponto forte das lolitas, não só no Brasil como no resto do mundo é ligarem o botãozinho de não se importarem com o que os outros pensam ou falam (vulgo botãozinho do foda-se), uma vez que, a sociedade sempre acaba querendo dar marteladas no diferente do comum, mas nem sempre o que é comum quer dizer que seja normal. Já pararam pra pensar nisso? A diferença do comum e do normal? Quando entenderem essa resposta, entenderão as lolitas perfeitamente.



9- Só Garotas Mimadas Usam Lolita
          Um pensamento comum é que apenas garotas mimadas que ficam com o popozão na frente do computador o dia todo coçando o saco “que a grande maioria eu espero que não tenha” são as que são adeptas ao estilo, uma vez que, como ter uma outra forma de usar isso se não com o dinheiro do papai e da mamãe? Lógico que sim, existem lolitas dessa forma, mas boa parte delas trabalha duro o mês inteiro pra receber algum salario e poderem enfim comprar a roupa lolita que tanto querem. Sim, em sua grande maioria ser lolita não é fácil, é ralar mesmo pra poder comprar o que quer, já que não são todos os pais que aceitam numa boa suas filhas acabarem se tornando tão “diferentes” do senso comum da atualidade e acabam falando que não vão gastar com isso e só o que sobra a garota é ela se virar pra ganhar a própria grana pra gastar. Essa eu digo por experiência...


10- Lolita É Um Militarismo
          É claro que assim como todos os outros, o lolita também tem suas regras básicas que o definem dessa forma, mas não quer dizer que a moda seja um militarismo. Inúmeras novatas desistem de seguir a moda por causa da pseudo elite que muitas vezes acabam deixando transparecer que de alguma forma, seguir o lolita é como estar se alistando a um exército que está pronto a dominar o mundo. É uma coisa meio louca, mas é a mais pura verdade... Então, novatas que em algum momento acabarem lendo isso, não tenham medo do lolita, ele é pra te fazer se sentir bem e não pra te assustar como se você estivesse pronta a ingressar nas forças armadas de saia rodada, antes de morrer de medo e deixar de lado a ideia de ser uma lolita sem um fundamento a não ser pelo medo, leia um pouco, ou pergunte a uma lolita mais experiente se ela pode ser sua madrinha pra te guiar nesse inicio pra que você não cometa inúmeros erros de uma vez e não seja vista como ita, já que esse é o maior temor da maioria das garotas.
OBS: ITA É A LOLITA NOOB POR ASSIM DIZER.



11- Lolita Não Vive A Realidade Ou Não Tem Vida Social
          Lolitas vivem sim o dia a dia delas, qual o pecado em querer deixar o marasmo de uma rotina melhor e menos conturbada do que vivemos hoje? Lolitas saem com os amigos, vão no shopping, à escola/faculdade, trabalham nas mais diversas áreas, já que temos lolitas professoras, advogadas, servidoras públicas e por aí vai. Uma saia rodada e armada não faz uma garota deixar de ser o que é, e também não a faz viver enfurnada dentro de casa tomando chá o dia todo cercada por ursos de pelúcia dos mais variados com o quarto todo cor de rosa... Convenhamos, nem as princesas de conto de fadas são assim.


12- Lolita Não Pode Mais Ser Lolita Depois Do Casamento
          Algumas pessoas tem uma ideia muito estranha que lolita só por lembrar um pouco de pureza do passado quer dizer que a garota tem que ser virgem, imaculada e cruzes, se casar e por uma roupa lolita é o maior sacrilégio possível a se fazer. Novamente entramos na questão de que, lolita é só uma moda, tem muitos casos de garotas que se casam e engravidam e até o fim da gravidez continuam se vestindo de lolita e particularmente achei muito charmoso lolita de barrigão. Um gótico não deixa de ser gótico só porque casou ou fica mais gótico porque ficou viúvo.

13- A Elite Lolita É Feita Por Bruxas Más
          Isso é uma afirmação verdadeira e falsa, depende muito do ponto de vista. As garotas da 'elite' são educadas na medida do possível, mas assim que chega alguém querendo causar de mais é lógico que elas vão cair matando. Vamos colocar exemplo você mesmo caro leitor, sendo lolita ou não. Bom, eu sou formada em designe de moda, vamos supor que você seja formado em ciência da computação e eu, um belo dia chego em você, no que você sabe fazer e estudou pra fazer botando banca querendo te ensinar a fazer o serviço? Não rola não é mesmo? É claro que você vai tentar ser educado na medida do possível tentando me mostrar que não é bem assim como eu estou falando, mas no momento em que eu querer extrapolar mais ainda, você vai acabar perdendo a cabeça em algum momento e vai ser mal educado. É a mesma situação que acontece com as lolitas da 'elite' e muitas novatas. Ou seja, botar banca, sem saber pn, não é legal, às vezes temos que aprender a abaixar a orelha reconhecer que não sabemos tudo.

14- Black Sweet Lolita É Igual Gothic Lolita
          É comum acharem que black sweet e gothic são a mesma coisa, mas existem características que visivelmente as diferem muito, sweet, não deixa de ser sweet com suas balas, doces, castelos, laços, ursos, balões ou animais fofos, a única diferença das outras é a presença marcada do preto, já a gothic tem elementos indiscutíveis góticos como cruzes, flores morcegos ou caixões. Detalhei isso melhor em um posto chamado diferenciando.

15-Nem Tudo Que Tem Uma Anágua E Saia Rodada É Lolita
          Um erro comum é ver que tudo o qualquer coisa que esteja com um bloomer, anágua e saia rodada seja uma lolita é taxado de lolita, principalmente aqui no Brasil. Mas não é por aí, o loli tem regras básicas e fugir dessas bases já é invenção de mais e no máximo acaba sendo uma inspiração no estilo. Ou seja, tenis, havaiana, corpo a mostra de mais, saia muito curta e coisas que não cabem no estilo, não é lolita, independente de uma armação e uma saia rodada. Um tempo atras com o boom de death note surgiu um papo de sabe-se lá onde que a personagem Misa Amane era punk lolita, o que não é verdade, nada nela se encaixa em lolita. No máximo um vestido roxo que ela aparece usando no anime que se encaixa no gothic lolita, mas mesmo assim é uma roupa bem ita já que as cores não batem, e os babados são estranhos.

16- Você Não É Velha Para Usar A Moda Lolita
          Muitas mulheres ficam com receio de se adaptarem ao lolita pro se acharem velhas mesmo gostando muito da moda. Não meu anjo, você não é velha para o estilo, a única coisa que te prende a usar é você mesma. Em outros países é mais comum a moda ser usada por garotas mais velhas e jovens senhoras. Isso não é ser sem noção e nem nada disso, é você se sentindo bem consigo. E a sua vantagem é que você já tem uma base estável e pode investir em brands (brands ou burandos são as grandes marcas “ditadoras” da moda lolita como por exemplo a Innocent Wolrd e a Angelic Pretty) diferente das meninas nos seus 15 ou 16 anos.

16 de jul. de 2011

1 MINUTO NA COZINHA!!!

          Olá! Essa tarde eu estava sem nada pra fazer e me bateu uma fominha, como não queria fazer nada grandioso de mais já que meus pais estão de viagem, resolvi procurar na internet como fazer um cupcake de caneca. Achei a receita bem fácil que saiu originalmente no programa Mais Você da Rede Globo. Mas não gostei do resultado final, então refiz ao meu modo e admito que ficou muito melhor. Segue a receita:


INGREDIENTES:

  • 1 ovo pequeno
  • 4 colheres (sopa) de leite
  • 3 colheres (sopa) de óleo
  • 2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó (dá pra colocar achocolatado, fica ótimo)
  • 4 colheres (sopa) rasas de açúcar
  • 4 colheres (sopa)  rasas de farinha de trigo
  • 1 colher (café) rasa de fermento em pó (também pode ser bicarbonato de sódio)
  • 1 caneca de 300 ml aproximadamente
OBS: Pra quem não sabe, colher rasa é quando você tira a colher cheia e passa a faca por cima pra tirar o excesso.

CALDA (não é necessária, mas dá o efeito molhado no bolo):
  • 2 colheres (sopa) de leite
  • 1 colher (chá) rasa de manteiga
  • 1 colher (sopa) rasa de açúcar
  • 3 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó (novamente coloquei achocolatado)
OBS: Se quiser a calda mais grossa acrescente meia colher rasa de farinha de trigo e misture bem 


COMO FAZER:
  1. Coloque na caneca o ovo, o óleo, o açúcar e o chocolate em pó, bata tudo junto até ficar homogêneo (uniforme).
  2. Coloque a farinha e o fermento e bata novamente até ter uma mistura uniforme.
  3. Leve ao microondas em potência máxima por 3 minutos, tome cuidado porque a massa pode sujar o microondas, então coloque em baixo da caneca um prato.
Sim, vai ficar parecendo um bicho pulando da caneca, não se preocupe.

COMO FAZER 2 (calda):
  1. Misture todos os ingredientes e coloque no microondas pro 30 segundos. Ou você pode derreter a manteiga primeiro e depois misturar o resto e deixar 30 segundos no microondas.
  2. Corte uma tampa no seu bolo pra que a calda não escorra e faça lambança, jogue-a quente sobre o bolo e pronto para comer.


Boa Sorte, e até a próxima!!

Imagem meramente ilustrativa (o bolo não fica tão bonitinho assim...)


11 de jul. de 2011

UM OLHAR SOBRE A CULTURA JAPONESA E OS EFEITOS PÓS-GUERRA

          
          A cultura do Japão evoluiu grandiosamente com o tempo, da cultura do país original Jomon para sua cultura híbrida contemporânea, que combina influências da Ásia, Europa e América do Norte. Após várias ondas de imigração do continente e Ilhas do Pacífico, os habitantes do Japão experimentaram um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o Xogunato Tokugawa até a chegada dos Navios negros da Era Meiji. Com isso, a cultura local sofreu grandes adaptações e absorveu muitos aspectos alheios a sua originalidade, contudo, sem perde-la.

Como resultado, uma cultura distintivamente diferente do resto da Ásia desenvolveu-se, e resquícios disso existem até hoje no Japão contemporâneo.

Apesar dessas influências, o Japão gerou um complexo único de artes (ikebana, origam e, ukiyo-e), técnicas artesanais (bonecas e cerâmica), espetáculo (dança, kabuki, noh, raku-go, Yosakoi Soran e Bunraku), música (Sankyoku e Taiko) e tradições (jogos, onsen, e cerimónia do chá), além de uma culinária única.

O Japão moderno é um dos maiores exportadores do mundo de cultura popular. Os desenhos animados (anime), história em quadrinhos (mangá), filmes, a cultura pop japonesa – Japop, literatura, filmes e música (J-pop) japoneses conquistaram popularidade em todo o mundo, e especialmente nos outros países asiáticos.

Depois da Primeira Guerra Mundial, o Japão começou a pôr a mão na China. Já havia senhorado a Coréia em 1910. Mas, nos anos de 1931/1932, o “incidente da Manchúria” lhe permite apossar-se de toda a província e estabelecer, sob uma independencia ficticia, o seu dominio sobre a rica provincia. A impotencia da SDN no caso da Manchúria muito concorreu para o descrédito da organização internacional. A partir de 1932, o partido da guerra prevaleceu sobre o partido da paz; o Japão optou o caminho da expansão armada ao da expansão comercial. Em 1937, levou a guerra à própria China. Uma casta militar arrasta o Japão a uma empresa gigantesca, a constituição do que o pretencioso vocabulário da época denomina “a esfera da co-prosperidade asiática”. Os japoneses desembarcam na China, ocupalham-re as costas e bloquearam, uma depois da outra, as vias pelas quais o governo de Chang Kai-chek ainda podia receber material. A derrota da França (1940) entregou-lhe a estrada que vai de Tonquim ao Iunão. Alguns meses mais tarde, cortaram a estrada da Birmânia. Não obstante, o Japão não conseguiu vencer de todo a resistência chinesa. Foi um fato novo, cuja a importância histórica só hoje podemos medir melhor: o nascimento de um patriotismo chinês do tipo moderno. O Japão contribuiu indiretamente para ele. Seus desígnios sobre a China tiveram efeitos comparáveis aos da dominação européia sobre os países colonizados.

          A partir de 1941, o conflito entre Japão e a China fundaram-se no grande conflito mundial. O Japão, que declarou guerra aos Estados Unidos (Pearl Harbor) de surpresa, desferiu golpes terríveis; em alguns meses, destroçou todos os impérios coloniais do Ocidente, ocupou a Malásia, Singapura, Filipinas, Indonésia e a própria Birmânia, chegou às portas da índia e aos postos avançados da Austrália. Mas, volvido pouco tempo, ocorreu o refluxo e a derrota de 1945, que acarretou, com o desmoronamento militar do Japão, a ruína de suas ambições e sua renúncia à expansão armada.

          Desde 1945, o Japão tem sofrido transformações muito profundas. Aceitando a derrota e dela tirando ensinamentos. Renunciou a todo e qualquer domínio político ou militar. Hoje sua constituição prevê até que ele desista de defender-se militarmente, depois de haver sofrido, durante anos, a ocupação norte-americana.

          Em seguida, adotou um novo regime: sua constituição é democrática. Embora mantido, o imperador perdeu o enssencial de seus poderes. O Japão conhece o regime que se assemelha, em mais de um aspecto, aos das democracias ocidentais.

          Enfim, o Japão manteve relações estreitas com o seu vencedor. Em 1951, um tratado pôs fim às hostilidades e concluiu uma aliança entre japoneses e norte-americanos.
É uma nação dinâmica, que atingiu um grau de evolução técnica comparável, e até superior, ao dos países mais adiantados, uma taxa de crescimento sem igual. Sua história oferece o exemplo original de um país que conseguiu conservar a independência porque se antecipou às influências externas, tomou iniciativa e guardou constantemente o controle da própria modernização.

          Durante muito tempo, o povo japonês reprimiu seu impulso inato e um desejo apaixonado de expressar o estilo único e colorido que lhes é próprio.

          A onda de modernização que transformou o Japão, iniciada no final de 1860, assim como o empenho nos anos pós-guerra para construir o monumento tecno-industrial, tão famosamente conhecido como "Japan Incorporated" (sociedade Anônima Japonesa), baseou-se num projeto que exclui os valores individuais, e no estabelecimento de um padrão de homogeneidade.

          Mais ainda, talvez, do que a antiga União Soviética, no apogeu do controle totalitário, a tríade japonesa: governo, corporações e escolas, lograram com êxito na criação de uma sociedade Orwelliana, completada não apenas por "pensamento grupal", "discurso grupal", mas também pela "aparência grupal". Sacrificar os sonhos individuais e quase todo traço de individualidade foi a estratégia que os japoneses conscientemente empregaram para alcançar a supremacia econômica e tecnológica. Com quase todos os prazeres individuais negados, a nação pôde perseguir seus objetivos em concordância harmoniosa.

          Na era industrial, quando as roupas, os carros, a comida, são produzidos em série, os meios de comunicação e a educação de massa, faz os japoneses aparentarem a si mesmos, como produzidos em massa; perderam um grau imensurável de sua individualidade e talento para expressão pessoal.

         A tragédia para o Japão e os japoneses, que tinham até a modernização, se desenvolvido dentro de uma sociedade brilhantemente colorida, completada com quimonos deslumbrantes, bordados com cores vibrantes e visualmente excitantes, feitos para o entretenimento no palco, como o teatro Kabuki e Noh, mudou, como se a vida tivesse sido completamente sugada ou retirada. Uniformes pouco atraentes e moradias pré-fabricadas tomaram o lugar da riqueza cultural e da variedade individual.

          A individualidade é algo novo para os nipônicos. Em pouquíssimas sociedades ocidentalizadas, o papel do grupo está tão presente e enraizado quanto no Japão. Em casa, na escola ou entre amigos, a regra é, simplesmente, aceitar e seguir à risca os mandamentos do grupo. "Os jovens japoneses não tem imagem definidas deles mesmos. Por não saberem, ainda, a pensar como indivíduos, eles querem se libertar das semelhanças, abraçando o diferente, o exótico", diz Ken Ohira, autor de dez livros sobre psiquiatria de adolescentes.

          Diferente da maioria “uniformizada” da sociedade japonesa, os jovens e adolescentes procuram se espelhar em movimentos de subcultura para criar seus próprios estilos de visual. Geralmente inspirados pelos artistas que os cercam. Podem-se encontrar os mais variados estilos e cores de cabelo, piercings, maquiagem e lentes de contato coloridas, formando os mais diversos tipos de combinações na tentativa de resgatar um pouco de identidade e acabarem criando uma subcultura baseada em outras subculturas, como o punk, o gótico, as lolitas e estilos próprios como decora-kei (Decora Ting Style).

Essa rebeldia juvenil, ainda que apenas no modo de se vestir, pode ter uma data exata para acabar. Quando completam 20 anos, os jovens passam a ser considerados adultos. Aí, ou eles caem na marginalidade ou se enquadram, o que significa abandonar a fantasia de ser diferente e adotar o terno e gravata ou o tailleur para se transformar em um salaryman ou uma office lady, como são conhecidos os funcionários de escritórios, destino da maioria que deseja uma situação financeira estável. Mas enquanto a hora da verdade não chega, os jovens gastam toda a energia na busca por roupas que, obrigatoriamente, devem ser as mais extravagantes possíveis.

          Não que obrigatoriamente, todos deixem de lado algo de sua juventude. Mas a grande maioria que opta por essa vertente deixa isso mais para as horas de folga e lazer, muito poucos se desenvolvendo como artistas em suas respectivas definições.

INICIANDO NO MUNDO LOLITA/RORIITA

         
          Bom, conversando com minha mais nova afilhada lolita, descobri que ela não sabia absolutamente nada sobre a moda em si, então estou tendo que ensina-la desde o basicão mesmo. E como promessa, disse que pra facilitar pra ela e pra afilhadas futuras ou até pessoas que possam simpatizar, fareis postagens falando para iniciantes nesse mundo lolita. Basicamente vamos seguir a ordem: HISTÓRIA > TOP'S > BOTTONS > SAPATOS > SUBDIVISÕES. Alguns serão mais extensos que outros e obviamente não serão tratados em apenas 5 posts, mas farei o possível pra que de alguma forma, um possa levar ao outro facilmente. 
        
          Começaremos pela história. 

          Na sociedade Pós-Guerra onde os jovens buscavam a individualidade que outrora lhe havia sido tirada pela vida que levavam e pelo governo que tratavam a tudo e a todos como produtos fabricados em larga escala, buscaram em diferentes referências uma forma de se tornarem únicos em meio à multidão que os cercavam. Rapazes em geral buscaram influências no rock britânico surgindo o Visual Kei e as meninas como estimavam uma paixão pela infância que aparecera nessa mesma época, quiseram de certa forma “prolongar” sua delicadeza tipicamente infantil. Surgindo assim as lolitas.

          As lolitas são uma moda urbana japonesa popular que tem sucesso entre adolescentes e jovens adultas que vestem roupas inspiradas em parte na cultura 'kawaii' (fofa ou adorável) japonesa e na nostalgia de outros tempos - sejam períodos históricos ou simplesmente da própria infância.

          As primeiras manifestações apareceram no final da década de 70 e começo da década de 80, lado a lado ao Visual Kei quase como uma contra-resposta.

Mas o estilo floresceu principalmente nos idos de 1997/1998 e se tornou um estilo bem estabelecido, com suas próprias grifes, disponível em diversas boutiques, e até mesmo em algumas grandes lojas de departamentos a partir de 2001. Como por exemplo a loja de departamentos Marui Young em Shinjuku, que possui quatro andares inteiramente devotados ao estilo e outros relacionados.


          Mana, o líder da extinta banda de visual kei Malice Mizer, é creditado como tendo ajudado a popularizar o Gothic Lolita. Ele criou os termos “Elegant Gothic Lolita” (EGL) e “Elegant Gothic Aristocrat” (EGA) para descrever as peças de sua própria grife Moi-même-Moitié, fundada em 1999 – que rapidamente se estabeleceu como uma das marcas mais desejadas da cena Gothic Lolita. No ocidente, o termo "EGL" diversas vezes é tratado como se abrangesse toda a moda Lolita, ou como se fosse um sinônimo de "Gothic Lolita". "EGL" na verdade refere-se somente à linha de roupas da grife Moi-même-Moitié que leva este nome - e que é formada por roupas Gothic Lolita. 

          Assim como o Visual Kei, com o decorrer do tempo o visual lolita foi ganhando subdivisões, mas que diferente do seu “rival”, o visual kei, não envolve nada mais profundo do que apenas a maneira de se vestir, não existem musicas lolitas ou um ideal universal as envolvendo.


    Veste quem gosta e quem acha bonito. Algumas poucas meninas levam o estilo pra seus quartos, móveis e forma de se viver, sendo chamado de lolita life style (roriita lifestyle).

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          No ocidente, os menos aprofundados na moda japonesa/lolita, pensam que não é um estilo de se vestir, e sim um tipo de cosplay que é tipico de otakus (lê-se que; a real definição de um cosplay/otaku é alguém viciado em um assunto ao ponto de perder sua vida social por causa daquilo, o que não é o caso das doces lolitas.) o que é muito errôneo, já que pros japoneses ser chamado de otaku/cosplayer é um dos piores xingamentos já criado. (Indo um pouco pro lado pessoal, essa coisa de otaku é TÃO séria que fiquei sabendo de uma história de um menino que voou na irmãzinha caçula dele só porque ela havia chamado ele de otaku numa dessas rotineiras brigas de irmãos. Se a mãe não tivesse se colocado no meio o garoto tinha matado a irmã na pancada... x___X"")


Continuação desse post: Iniciando No Mundo Lolita/Roriita 2 - TOP's 1

4 de jul. de 2011

REUTILIZANDO UM BLOG PARADO...

          Bom, acho que é a primeira vez que vou fazer uma postagem mais pessoal do que ensinando algo para as pessoas, ou buscando novidades propícias para serem espalhadas... Admito, sou bem preguiçosa mesmo e passo grande parte do meu tempo jogando PWBR upando uma sacer, um mistico, uma feiticeira e uma mercenária... Ok, também sou preguiçosa pra isso, mas acabo tendo menos preguiça pra lá do que para o blog. Mas vou tentar me corrigir e voltar o blog à ativa de alguma forma. Fiquei pensando no que colocar nessa postagem já que acho meio inútil usar um blog só pra diário pessoal e afins, uma vez que se não sou afim de ler blogs por que não quero ficar sabendo de tudo o que acontece na vida de outras pessoas, creio que muitas não lerão o meu pelo mesmo motivo, por isso procuro fazer postagens mais úteis (tirando essa...), mas se comecei uma postagem pessoal, nada mais justo do que pelo menos terminar como uma postagem "diário". Primeiramente agradeço MUITO aos meu seguidores, juro que jamais pensei que sequer teria um leitor ao menos, e por vocês e pelos próximos que virão, prometi a mim mesma tentar fazer pelo menos uma grande postagem por semana, ensinando das coisas mais variadas. 

          Assim como no passado, não esperem GRANDES coisas do meu blog já que como o próprio título já diz, MINHA MODA FAÇO EU, eis o motivo de não ter nada coordenado, ao mesmo tempo que falo de música, falo de desenho, jogos, tatoos, modas alternativas e por aí vai, é importante que você caro leitor, tenha em mente que a sua moda quem faz é você e não as grandes passarelas de Moscou, Paris, Tokyo, New York ou São Paulo, a sua moda é influenciada por tudo que te cerca. Seus gostos alimentares, amigos, ambiente familiar, escola/faculdade, bandas de que buraco do mundo que seja, ideologia... Tudo o que faz a sua vida, influencia no que você veste, cabe a você ter atitude o suficiente pra mostrar o que gosta ou o que odeia, sem deixar que ninguém interfira nisso, mas lógico, sempre com educação uma vez que a agressividade não leva ninguém a lugar nenhum, uma boa conversa (diga-se conversa inteligente...) move o mundo a seu favor.

          Bom, para aqueles que leram meu perfil atualizado e talz, já sabem que sou adepta à moda lolita, e nessa postagem gostaria de falar sobre um grande tabu que paira sobre esse "mundinho" que deveria ser cor de rosa e que é altamente delicado, é quase como falar sobre religião e política, ou seja, é pra dar dor de cabeça... As itas (que são as lolitas FAIL por assim dizer...) em relação às lolitas antigas (que por muitas vezes preferem ignorar e deixar que outras meninas "traumatizem" a ita do que de fato reservar uns 10 minutinhos por dia pra dar dicas e ensinamentos). Bom não vou colocar a culpa nas lolitas antigas já que seria injusto de mais da minha parte, uma vez que inúmeras itas também tem culpa já que a grande maioria delas não quer "abaixar a cabeça" pra alguém que sabe mais e que está disposta a ensinar, o que várias vezes acaba causando um arranca rabo horroroso nas comunidades e fóruns espalhados pelo mundo (sim, essa não é uma realidade puramente brasileira, admito que fiquei abismada que pessoas má educadas existam até nos lugares mais remotos/avançados do mundo), mas na real não estou aqui pra bancar a certinha dizendo que concordo com essa ou com aquela atitude da fulana, ciclana e beltrana... Sinceramente vim homenagear as minhas afilhadas lolita, ainda são bem poucas na verdade, mas gosto disso já que assim posso dar a merecida atenção pra cada uma delas e fico realmente muito feliz em ajuda-las, e realizada ao verem coordenando com perfeição sem a minha ajuda (lá vem o lado professora/mãe à tona ¬¬") e fico mais feliz ainda ao ver algumas delas seguindo o lifestyle roriita (vou fazer um post sobre isso mais tarde) e pedindo dicas pra mim de como proceder e se comportar e etc. Vocês não imaginam como me motivam a continuar com o lolita, mesmo gostando a moda e tal, vocês que me fazem querer me aperfeiçoar cada vez mais pra poder ajudá-las sempre que puder. 

          Homenagem feita... Vou ficando por aqui, obrigada a todos que leram e que de alguma forma ou por algum motivo do mais trivial que seja, tenha ao menos aberto um sorriso com esse primeiro post pessoal da pequena Beca (pequena literalmente, porque tenho 1,53 de altura XD). E para aqueles que estiverem interessados ou curiosos, deem uma passadinha no meu canal do youtube. Abraços melados de açúcar!!!